[Resenha] O Nome do Vento

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

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 O Nome do Vento, A Crônica do Matador do Rei: Primeiro Dia  - Patrick Rothfuss


Editora: Sextante/Arqueiro
Número de páginas: 656
Lançamento: 2011
Skoob

Sinopse: Ninguém sabe ao certo quem é o herói ou o vilão desse fascinante universo criado por Patrick Rothfuss. Na realidade, essas duas figuras se concentram em Kote, um homem enigmático que se esconde sob a identidade de proprietário da hospedaria Marco do Percurso.Da infância numa trupe de artistas itinerantes, passando pelos anos vividos numa cidade hostil e pelo esforço para ingressar na escola de magia, O nome do vento acompanha a trajetória de Kote e as duas forças que movem sua vida: o desejo de aprender o mistério por trás da arte de nomear as coisas e a necessidade de reunir informações sobre o Chandriano - os lendários demônios que assassinaram sua família no passado.

Quando esses seres do mal reaparecem na cidade, um cronista suspeita de que o misterioso Kote seja o personagem principal de diversas histórias que rondam a região e decide aproximar-se dele para descobrir a verdade. 

Pouco a pouco, a história de Kote vai sendo revelada, assim como sua multifacetada personalidade - notório mago, esmerado ladrão, amante viril, herói salvador, músico magistral, assassino infame. 

Nesta provocante narrativa, o leitor é transportado para um mundo fantástico, repleto de mitos e seres fabulosos, heróis e vilões, ladrões e trovadores, amor e ódio, paixão e vingança.


     Já começo essa resenha sabendo que nada do que eu escreva será bom o suficiente. Porque o livro é muito bom, muito bom MESMO!
     O autor narra a história de Kvothe, ou Kote, seu novo nome. Ele é o calmo dono de uma hospedaria, de cabelos ruivos e olhos verdes. Mas seu passado esconde grandes histórias. Ele é uma lenda. Muitos acham que ele está morto ou que ele realmente nem existe. 
     O Cronista (um escritor) aparece no lugar errado e na hora errada e Kvothe o leva para a hospedaria para ajudá-lo. Mas esse Cronista ouviu falar de muitas lendas e histórias sobre Kvothe e aí está a oportunidade de saber a verdade. Kvothe então começa a contar sua história para Bast, seu aprendiz, e para o Cronista, que vai escrever sobre ela. Ele contará ela toda em três dias; O Nome do Vento é o relato de Kvothe do primeiro dia.
"– Três dias é muito fora do comum. Mas por outro lado... – e parte da sua presunção pareceu escoar-se. – Por outro lado – repetiu com um gesto, como que para mostrar como eram inúteis as palavras –, você é o Kvothe."

     Enquanto Kvothe vai contando sua história (essa parte é narrada em primeira pessoa pelo próprio Kvothe), vamos conhecendo tudo desde sua infância. Como ele teve que se virar sozinho no mundo, as pessoas que conheceu em seu percurso, sua entrada na Universidade - onde se pode aprender muitas coisas, inclusive a magia e o nome das coisas - e tudo o mais que ele teve que enfrentar para ser quem é.

     Kvothe é muito inteligente e passou por coisas que pessoas com  3 vezes a sua idade nunca passaram, e nunca vão passar. Realmente não dá pra dizer se ele é o mocinho ou o vilão. A história contada por Rothfuss é maravilhosa. Não há descrições ou personagens demais, de jeito nenhum. Não há cansaço. Não há vontade de largar o livro.
     Logo no comecinho eu já estava adorando a escrita do autor. Eu terminei o livro e preciso continuar conhecendo a história de Kvothe. Quem é esse "menino" por trás da lenda? O que a vida o levou a fazer? Porque ele se esconde? E eu sei que ainda tem muita coisa pela frente (até porque o 2º livro tem mais de 900 páginas) e que eu vou adorar saber cada detalhe da vida desse personagem incrível. Sim, já estou encantada com o Kvothe.
"Caminhei à luz do luar por trilhas de que outros temem falar durante o dia. Conversei com deuses, amei mulheres e escrevi canções que fazem os menestréis chorar.

Vocês devem ter ouvido falar de mim."
     
     Rothfuss tem uma história incrível! Leiam, porque encontrar uma história dessas não acontece todo dia.