[Resenha] Ratos

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

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Ratos - Gordon Reece

Editora: Intrínseca
Nº de páginas: 240
Lançamento: 2011
ISBN: 978-85-8057-070-0
Skoob
Avaliação: 3/5



SinopseShelley e a mãe foram maltratadas a vida inteira. Elas têm consciência disso, mas não sabem reagir — são como ratos, estão sempre entocadas e coagidas. Shelley, vítima de um longo período de bullying que culminou em um violento atentado, não frequenta a escola. Esteve perto da morte, e as cicatrizes em seu rosto a lembram disso. Ainda se refazendo do ataque e se recuperando do humilhante divórcio dos pais, ela e a mãe vivem refugiadas em um chalé afastado da cidade. Confiantes de que o pesadelo acabou elas enfim se sentem confortáveis, entre livros, instrumentos musicais e canecas de chocolate quente junto à lareira. Mas, na noite em que Shelley completa dezesseis anos, um estranho invade a tranquilidade das duas e um sentimento é despertado na menina. Os acontecimentos que se seguem instauram o caos em tudo o que pensam e sentem em relação a elas mesmas e ao mundo que sempre as castigou. Até mesmo os ratos têm um limite.




     Shelley sofreu bullying na escola por suas três melhores amigas de infância. Ela nunca reagiu nem contou a ninguém, e as consequências foram devastadoras.
     No início conhecemos duas covardes, mãe e filha, que não lutam por seus direitos nem pelo respeito que merecem. Pessoas que "não procuram um lar, mas um lugar para se esconderem" das outras pessoas.


"... sei que deveria ter me afastado delas muito tempo antes e buscado novas amizades. Deveria simplesmente ter aceitado o fato de que nos tornáramos pessoas diferentes. [...] Eu não imaginava o quanto os sentimentos delas por mim se tornaram nocivos. E não imaginava o perigo que corria."

      Depois que a casa delas - onde acharam que finalmente estariam seguras e poderiam recomeçar - é invadida, há uma reviravolta e percebemos que há um limite. Até para estas pessoas. Quando somos submetidos a coisas ruins por muito tempo, descobrimos que somos capazes de coisas que nunca imaginamos. Que somos fortes, fortes o suficiente.
     
     O livro é de capítulos curtos, mas não é uma leitura que me prendeu tanto. Muita coisa que aconteceu foi previsível, por isso não achei o livro tão bom.
     Mas pra quem gosta muito de thrillers psicológicos, pode ser uma boa pedida.